Está descoberta a causa da chamada “doença do sono” que afeta os habitantes de duas localidades do Cazaquistão e que podem ficar adormecidos por várias horas, ou até alguns dias, nalguns casos. É tudo por causa do monóxido de carbono.
O vice-primeiro-ministro do Cazaquistão, Berdibek Saparbáyev, explicou numa conferência de imprensa que esta “doença do sono” dos habitantes de Kalachi e Krasnogorski se deve ao monóxido de carbono proveniente de minas de urânio abandonadas e situadas nas imediações das duas localidades do norte do Cazaquistão.
A concentração de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos origina “a redução de oxigénio no ar, o que foi a verdadeira causa da “doença do sono” nestas povoações”, refere Berdibek Saparbáyev em declarações divulgadas pela Agência russa Interfax.
Esta conclusão surge depois de exames médicos feitos às pessoas que revelaram esta estranha manifestação e de inúmeras investigações de vários cientistas de diferentes Instituições.
Os resultados recolhidos por estes foram confirmados em laboratórios em Moscou, na Rússia, e em Praga, na República Checa, após análises subsequentes.
Os habitantes das zonas afetadas vão agora ser realojados para outros locais até ao fim de 2016, conforme garante o vice-primeiro-ministro do Cazaquistão.
Algumas das pessoas que viviam nas duas localidades já se mudaram, depois de, desde 2013, terem começado a queixar-se de sonolência, de perda de memória e até de alucinações.
Os médicos que os observaram concluíram que se tratava de uma encefalopatia, habitualmente conhecida como a “doença do sono”, sem conseguirem, contudo, explicar a sua origem. O mistério foi agora desvendado.