A Abicol, representada pelo presidente Luciano Dias e pela diretora executiva Adriana Pierini, participou na quinta-feira, 29 de agosto, de uma reunião em São Paulo. Organizado pelo Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha (Sindibor) em sua sede, o encontro contou com a presença de entidades representativas de vários setores industriais. O principal objetivo foi alinhar medidas conjuntas para evitar o tarifaço de insumos químicos, decorrente da possível aprovação dos atuais 64 pleitos que propõem a elevação de impostos de importação de produtos químicos, atualmente em análise na CAMEX (Câmara de Comércio Exterior).
Durante a reunião, discutiu-se a importância de unir forças entre as entidades representativas dos setores que podem ser impactados, como adesivos, agroindústria, alimentos, automotivo, cerâmica, construção, cosméticos, eletrônicos, espumas, farmacêutico, plásticos, produtos de limpeza, têxtil, borracha, solventes e tintas. Entre as ações discutidas está a elaboração de um documento a ser apresentado ao Governo, que evidencie os impactos econômicos negativos desses aumentos tarifários, como a elevação dos custos de produção, perda de empregos e redução da competitividade das empresas brasileiras. Além disso, o documento destacará os possíveis efeitos adversos, como preços mais elevados para os consumidores, diminuição dos investimentos e impactos negativos na balança comercial.
A reunião também serviu para reforçar a colaboração entre a Abicol e outras entidades, fortalecendo sua posição em futuras negociações e debates políticos.
Durante o debate, a Abicol propôs alternativas, como a criação de políticas para incentivar a produção nacional de insumos químicos e a adoção de mecanismos de compensação para os setores mais impactados. Além disso, sugeriu a formalização de um comitê específico para monitorar e responder às deliberações do CAT (Comitê de Alterações Tarifárias).
Insumos que afetam diretamente a indústria colchoeira
A indústria de colchões, em particular, pode ser afetada diretamente pela elevação das tarifas de produtos como poliestireno expansível, carboximetilcelulose e outros polímeros essenciais para sua produção. Veja a lista a seguir.
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11.20 – Poliestireno expansível, sem carga, em forma primária. Matéria-prima para fazer EPS.
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19.00 – Outros poliestirenos em formas primárias. Matéria-prima para fazer EPS.
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31.11 – Carboximetilcelulose com teor ≥ 75%, em formas primárias. O CMC tem diversas aplicações, sendo a principal como espessante (para aumento de viscosidade ou até formação de gel).
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39.31 – Ésteres de dioctila do ácido tereftálico. O DOTP, um primo do DOP, utilizado para limpeza de linhas.
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50.19 – Outros poliuretanos em líquidos e pastas – PUs.
Relembre o caso do aumento tarifários de produtos químicos via LETEC AQUI
Vol. 10 – Edição 087 – 30/08/2024